quinta-feira, 22 de julho de 2010

Infãncia Roubada

Minha infância roubada
No giro da minha vida
Vivo a vida a girar
No giro da infância roubada

Minha mãe na madrugada
No fogão a cozinhar
Mexendo a panela com lágrimas
Para a comida adocicar

Me lembro daquele menino
Nos seus pés a soluçar
Em busca de atenção
Um carinho que não podia dar

A mãe atarefada
Não podia nem parar
Trabalhava de dia a dia
Só a noite pra descansar

No escuro da madrugada
No seu quarto a chorar
Do desígnio da vida
A lhe castigar

Na mais pura inocência
Ao me aproximar
Questionava-lhe o choro
Sem nem ao menos imaginar

Da amargura do sentimento
Que ela tinha a lastimar
A sua terra querida
Ela teve que deixar

As lembranças eram tantas
Que nem dava pra contar
Quando a saudade apertava
Ela botava pra chorar

Essa mulher era guerreira
Tinha tudo pra ficar
Em sua terra querida
Com sua família morar

Por uma questão de honrar
A estrada foi pegar
Com seu filho pequeno
Ela pois a caminhar

Não sabia dos espinhos
Que a vida iria lhe dar
Foram tantos aranhões
Que as cicatrizes não quis fechar

Coragem era seu nome
Determinada sua vontade
De tábua alugou uma casa
pra com os filhos morar

O telhado era de palha
Do coqueiro do lugar
Não impedia que a chuva
Molhasse todo o lugar

Banheiro não existia
Luz não tinha lá
Até a água do chafariz
Fazia de tomar

Levantou sua cabeça
E a guerra foi batalhar
Trabalhando numa casa
Para os seus filhos educar

Fiel a um pacto
Do menino fez ocultar
Seu verdadeiro pai
Só grande foi encontrar

Foi um amor verdadeiro
Que os seus sonhos fez acabar
Uma promessa perdida
Um sonho no fundo do mar

Minha infância roubada
No giro da minha vida
Vivo a vida a girar
O giro da infância roubada

Naqueles dias alegres
A tristeza a me embalar
Sem esperança de crescimento
Só me restava lamentar

Quando busco nas lembranças
Os dias frios tão compridos
Sem o calor do colo
Da mãe a trabalhar

Sinto uma dor
Só em pensar
No inglório
Tempo a relembrar

São dores tão profundas
Tão latentes
que o tempo
Teima em não apagar

Minha infância roubada
No giro da minha vida
Vivo a vida a girar
No giro da infância roubada

Cresci no mundo imaginário
Onde os sonhos quis me levar
Nem sempre foram tão lindos
Que da medo até de contar

Crescendo atordoado
Um sonho que não era eu
Não tinha cama quentinha
Nem quarto pra se instalar

Mais tinha a companhia
Do meio irmão a me encorajar
Falava com alegria
De um futuro a nos esperar

Foram dias esperançosos
Que vivi naquele lar
Foram momentos de alegrias
Que a muito deixei por lá

Pois quis o destino
De forma trágica nos separar
Meu meio irmão querido
Pró céu foi morar

A minha infância roubada
No giro da minha vida
Vivo a vida a girar
No giro da infância roubada

Os dias correram pra noite
As noites romperam os dias
Girando a roda gira
A gira da ventania

Soprando em meus ouvidos
As vozes daqueles dias
Tanto tempo se passaram
Mais que eu não esquecia

São lembranças
Da minha infância
Que no giro da ventania
Me encontrou como companhia

Os meu entes tão queridos
No céu foi morar
Só me resta as lembranças
Pró coração confortar

A minha infância roubada
No giro da minha vida
Vivo a vida a girar
No giro da infância roubada


Everaldo da Silva






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sexta-feira, 9 de julho de 2010

A Madastra Adoentada

Essa história se passou
Lá na praia das malvinas
Com a pobre da madastra
No banheiro da casinha

Adoentada da barriga
Um mal que lhe atigia
Era tanta peidaria
Que ela cometia

Tracanda no banheiro
nem ela resistia
era tanto o fedor
que a ela sufocária

Na cozinha a agonia
Ao cheiro que se seguia
Era tanta a correria
E todos maldizia

Esse urubu não digeriu
O papo ela engoliu
Para cheira tão mal
Do lixo ele partiu

A casa em agonia
A fossa já enchia
era tanta caganeira
que a fossa não resistia

Depressa vem meu velho
Pro mar em correria
Mergulhar em suas águas
Que é pura calmaria

Na quela paisagem
Eu me acalmaria
Podia peidar avontade
que ninguém escutária

Vamos pra casa meu velho
Que aqui tô passada
são tantas dores de barriga
Que já tô é assada

Tenha calmar minha flor
Linda como uma flor
Essa dôr vai passar
E tudo vai melhorar

Nessa altura a pobre fossa
No limite explodia
Vomitando os escrementos
Era pura porcária

Everaldo por favor
Faça algo si senhor
Desentupa eesa fossa
que a muito estorou

São cinco da manhã
Que que eu posso fazer
Vou acordar um miserável
Pra a merda resolver

E assim fui correndo
Pra casa do escolhoido
Acorda Lô vamos em casa
Que a fossa estorou

A essa hora da manhã
Na fossa não vou pegar
Mãos na merda dos outros
Jamais vou pegar

Abra um buraco
De urgência pra água escuar
Depois a gente resolver
Como a merda vou tratar

E os dia se passaram
Com a água a escuar
Jamais se tinha visto
Tanto escremento a flutuar

Essa foi a história
Que a todos vou contar
Da madastra cagona
que estorou a fossa do lugar.

Everaldo da Silva

Prelúdio de uma noite de solidão

Já não sinto tua presença junto a mim
Mas, ainda posso sentir teus lábios
Acariciando os meus.
Quantas vezes te beijei,, não sei...
Quantas vezes te abracei, não sei...
Porém sei que tua presença
Ainda paira sobre o meu ser.
De repente olho nos teus olhos
E nele vejo refletir o desejo de uma abraço.
Corro! Procuro! Me iludo...!!!
Tentei te tocar não te encontrei...!!!
Tentei te abraçar não te achei...!!!
Chorei em cilêncio,
Na tentativa de afogar os meus sentimentos,
Pois o fogo da saldade,
ainda teima em queimar...
Gritei! Gritei teu nome, você não escutou...
Chamei! Chamei por você, você não sentiu...
Mais uma vez me iludo...
Me iludo!!!... Como posso iludir meus pensamentos...
Pegueia pela destra e sai,
Caminhei... andei mares, florestas e desertos...
Saciei minha vontade de beijar-te, abraçar-te.
Agora! Agora desperto
Dos meus sentimentos só lembranças
Da minha alusão só a nevoa
Deito e fecho a porta atrás de mim...
A porta de minhas ilusões...

Everaldo da Silva

Vida embananada

Lá nas bandas de Olinda
Pelo Alto da Conquista
Nascia uma menina
Que o seu charme encantaria

Menina bela e graciosa
A sua vida seguiria
Como qualquer menina
Seus sonhos a guiaria

Logo cedo descobriu
Que a família era sagrada
Que à abolinação do seu primo
Pra sempre seria guardada

E assim foi crescendo
Vivendo e correndo
Sorrindo e sonhando
Que alegria o amanhã seria

De repente a paixão
Tomou seu coração
E pelo seu professor
Logo se apaixonou

É o sonho de uma adolecente
Uma paixão vivente
A figura magistral
De um professor atraente

Deste fogo ardente
Logo no nascente
Fez-se labareda em chama
E dessa chama surgiu a esperança

Uma bela criança
No seu braço a acalentar
Seu sorriso materno
Os sonhos dela fez embalar

Mas a vida reservará
Muitas surpresas pelo ar
No dislaço matrimonial
Pra casa da mãe ia voltar

E no choque da solidão
Conheceu um cidadão
Sugeito alto e bonito
Todo cheirando a atenção

Logo chamou sua atenção
Não demorou pra se apaixonar
Foi só um tustão
Bastou um beijo e tudo era paixão

Não bastava separação
Já havia se metido
Em outra confusão
Pois o cheiroso era casado, eita confusão!

Menina religiosa
Sua cabeça fez pesar
Pois um laço de união
Já mais quis acabar

Tamanha era a dor
Que logo pois a chorar
Que pena minha menina
Que sua vida quis embananar

São suaves pensamentos
Que agora vem a arejar
Sua mente confusa
Uma visão enchergar

Se não posso ser sua
Outro vou arranjar
Para ser pai de minha filha
E o meu fogo acalmar

Pois queimo de paixão
Só em pensar
Uma mão acariciando
O meu corpo a queimar

Meu coração está aberto
Pra um novo amor entrar
Novos tempos se vislumbrão
E eu quero aproveitar

Everaldo da Silva

Anjo Doador

No domingo escaldeirante
No sobe e desce da avenida
Encontrei uma irmã
Com uma mensagem atrevida

Ela olhou e me fitou
E o verbo logo soltou
Meu irmão que coisa boa
Foi você quem encontrou

Irmão preste atenção
Tenho um recado pra te dar
Vem de Deus que está no céu
Que passo a relatar

Essa mensagem é pra você
Não existe outro no lugar
Não adianta se esconder
A mensagem vai receber

É pra a passagem me dar
Que a igreja vou orar
Não descreia desta mensagem
Pois o pai que lhe falar

Ele manda te dizer
Que coisas grandes vão chegar
Só pra você ter uma ideia
Muito dinheiro vai ganhar

Irmã eu não descreio
Da mensagem do nosso pai
As mensagens são divinas
E só um anjo é que trás

Mas irmã com certeza
O destinatário não sou eu
Por algum mal entendido
Este anjo se perdeu

Irmão tome cuidado
Com as palavras proferidas
As palavras tem poder
E você há de se arrepender

Irmã minha querida
Quem ta brincando é você
Suas palavras são boas
Mas a vontade é maior

De assistir o culto hoje
Fazendo a vontade do senhor
Mesmo que para isso
Crie um anjo salvador

Irmão seu coração
Não da ouvido ao senhor
A mensagem desse anjo
Procura um doador

No seu coração quer entrar
Fazer morada sim senhor
Pra germinar essa semente
Basta da ouvido ao interlocutor

Irmã minha amada
Uma notícia vou lhe dar
Procure outro doador
Pra o seu anjo salvador

Anjo de cera não voa
Nem tão pouco é redentor
Pra a mensagem mandar
Procurando doador

Essa mensagem não é minha
Nenhum anjo à mandou
principalmente pra senhora
Ser o seu cobrador

Veja minha irmã
Essa mensagem que te dou
Deixa de baboseira
Que nenhum anjo te mandou

Vá pra casa minha irmã
Os seus filhos ajeitar
Preparar o almoço
Para todos alimentar

São rimas que eu faço
De noite até o dia
Pra contar a vocês
A história do dia a dia

São contos são poesias
São fatos que ocorria
De um golpe bem dado
Ao tolo que caia

Os versos são pouco
São como ventania
Que sopra na cabeça
De um poeta em agonia

E assim vou encerrando
Essa história verdadeira
Que aconteceu comigo
E que não é brincadeira

Fiquem todos na espera
Da mulher mensageira
Ela trás pra você
Uma mensagem verdadeira

Everaldo da Silva

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Saga de Minan

No meio da Paraíba
Numa terra seca e bravia
Nascia um menino
Que todos respeitaria

Sua vida foi tocando
Brincando e jogando
E do América fultebol clube
Um grande goleiro seria

Dos seus braços magistrados
O seu pão ganharia
Se não pode ser goleiro
Um militar se tornaria

Delegado por opção
A lei defenderia
E de cidade em cidade
Sua moral crescia

Impetuoso e determinado
Um grande amor viveria
E do fogo dessa paixão
Um filho ele teria

De segredo em segredo
Seu bolero foi tocando
Pois do rosto endurecido
Uma lagrima foi rolando

Ontem goleiro
E depois militar
Com sua mão magestosa
Com a batuta iria reinar

Homem forte e robusto
O mundo ia desbravar
Orador abilidoso
Fez a todos encantar

E de seus lábios a decisão
Um político ia se tornar
Fez história na plenária
Na defesa do lugar

Abraçando a cidade
O seu hino fez ecoar
Das mais belas canções
A sua estava lá

Homem de fé igual a ele
Como pouco se via
Devoto de Nossa Senhora
Sua fé ele provaria

Uma canção pra Maria
Logo fez entoar
Cantada com emoção
Por toda a congregação

Fé igual a dele
Já mais se viu por lá
Foi missionário foi diácono
Hoje consagrado pro batismo outorgar

Intrépido ou ignorante
Sonhador ou romântico
Não tinha medo da cultura
Pois a inteligência era sua

Fez versos fez poesias
Anedota e cantoria
É o menino da padaria
Que um grande homem se tornaria

Os versos são poucos
E as palavras vazias
O tempo é curto
Pois Severino já vencia

O Severino que se tornaria
O Minan da alegria
Expressando com suas mãos
A feliz batuta do dia a dia

São versos são poesias
São pensamentos em vantanias
É a história de Severino
Que eu conto com alegria

Everaldo da Silva

O caboco e o delegado

Num tempo distânte
Num cantinho da Paraíba
Criou-se um povoado
Que a lei não esitia

Terra de cabra valente
Que com a faca nos dentes
Não tinha medo de gent
Nem de alma vivente

Pois foi nesse povoado
Que um delegado valente
Quem diria nesse lugar
Ele foi a bitar

Seu nome era Severino
Conhecido como Minan
Cabra valente como ele
Já mais se viu por lá

Ao tomar conhecimento
O prefeito foi falar
Toma cuidado sargento
Que o caboco vai chegar

Ele é forte como um touro
E só pensa em brigar
Com a faca nos dentes
Bota todos pra chorar

O padre também veio
Logo avisar
Seu sargento tome cuidado
Pro céu não ir morar

Reze três Ave Maria
E o Pai Nosso sem cessar
É melhor se confessar
E os seus pecados perdoar

Deixe de tolice seu padre
Que pro xadrez eu vou levar
Esse cabra valente
Que a todos quer enfrentar

O delegado preocupado
Começou a pensar
Foi falar com o cabo
Pra o sujeito espreitar

No sábado de manhã
Na estrada do lugar
O corre corre era grande
O cabra acabará de chegar

Montado em seu cavalo
Vindo a galopar
Com um sorriso nos dentes
Começou a gritar

Nessa cidade não tem homem
Nem delegado pra lutar
O prefeito é chifrudo
Pelos poucos homens do lugar

Seu delegado é um fole
Que tem medo de lutar
Vou comer na sacristia
Da paróquia do lugar

E o tempo foi passando
E o caboco foi crescendo
Esbanjava valentia
Pois a ninguem ele temia

Acostumado a botar
Disordem no lugar
Bebia pinga sem parar
Até a orelha esquentar

Qualquer Maria para ele
Era seu par pra dançar
E os homens sem coragem
Só fazia lamentar

Com sina de chifrudo
E sem coragem pra lutar
Vão perdendo sua Maria
Pra esse cabra abraçar

Só na cachaça aliviava
O sofrimento do lugar
Ia pra casa chormingar
Sem coragem de desfrutar

Dos encantos de sua Maria
De sua curva aproveitar
Se sentindo humilhado
Pelo caboco do lugar

Mas o dia tava chegando
Que o caboco ia entortar
O seu encontro tava marcado
Com o delegado do lugar

Homem sabido e corajoso
Pois pimenta pra serenar
Enterrada na beira do açude
Trinta dias fez passar

Estando ela pronta
Lá foi ele desinterrar
A bicha tava ardida
Que o nariz fez espirrar

A ordem foi dada
Pro cabo avizar
Quando o caboco chegar
O delegado acordar

Sargento se alevante
Que o cabra acabou de entrar
Lá no bar estar bebendo
E a todos insultar

Já falou do prefeito
E do padre sem parar
Até do senhor
Que tenho vergonha até de contar

Vamos lá cabo
Esse caboco enfrentar
Ele num é valente?
Pois hoje ele vai provar

Acontece que o sargento
Também tinha o seu valor
Corajoso e destemido
Ninguem tinha visto por lá

Foi entrando na budega
E o outro a encarar
Chegou tua hora
Pra cadeia vou te levar

Pra mostrar que era valente
As armas fez soltar
E de punhos levantados
Começou a esmurrar

Foi tanta pancadaria
Que do caboco fez ecoar
Um gemido de dor
Um apelo para tudo acabar

Algemado ele foi
Pra cadeia do lugar
Alegando tranferência
Uma viajem fez entregar

Depois de muitas horas
O desfecho a desenrolar
A substância apimentada
Num caboco fez enfiar

Gritando e gemendo
O caboco pois a correr
Até hoje ninguem sabe
Do sujeito no lugar

E naquele povoado
A paz voltou a reinar
Foi mais uma missão
Do sargento do lugar

Sargento destemido
Que a todos fez respeitar
São os contos de Minan
Que eu passo a contar

Com alegria e com vontade
Para a sua vida espelhar
A vida de outras pessoas
E a todos encantar

Everaldo da Silva

Lembranças

Sozinho em minhas lembranças
Vejo no céu a esperança
De um dia te encontrar
Sorrindo a me abraçar

Te tenho na lembrança
Pois longe é a dintância
Mas não perco a esperança
De ainda nos reencontrar

No terraço de sua casa
A noite a conversar
A prosa era tão boa
Que dava pena de acabar

Na madrugada que se inicia
Com teu sorriso a embalar
Era tão boa a companhia
Que pra casa não queria voltar

Teu sorriso era para mim
Como uma paz que não tinha fim
Me encantava até a alma
Como uma lua a nos tocar

Ia pra casa extasiado
Da beleza do teu olhar
Encantado com o mundo
E como tudo ia mudar

Teu espírito era vibrante
Com o universo a vislumbrar
Tanto era os teus sonhos
Que no céu fez despertar

A vontade do senhor
De logo vim te buscar
Pra alegria do dia a dia
Dos anjos do lugar

Guardo em mim tua saudade
Nos meus dias a passar
Sem teu brilho na lembraça
E teu sorriso a me acalmar

São tantas as lembranças
Que não posso enumerar
Guardo pra mim o teu carinho
Onde eu posso relembrar

Determinada era teu nome
No estudo secular
Era tanto conhecimento
Que o Brasil fez conhecer

O salto foi tão grande
Que Pernambuco fez tremer
Saída do Espinheiro
Pra São Paulo enaltecer

Tão bela era a menina
Que um dia fez crescer
Tornando-se mulher atraente
Para os homens enlouquecer

Ajudando a quem podesse
com amor no coração
Não tinha medo do estranho
Pois do senhor era seu coração

Mas um dia o seu brilho
Lá no céu iluminou
Não teve duvidas o senhor
Que logo lhe fitou

Vou buscar essa menina
Para ao meu ela ficar
Preciso do teu sorriso
E do coração para amar

A saudade que dói
É como um filme que se constrói
Do dia a dia da menina
Da lembrança que nos traz

Esse trem que te levou
Um dia nos levará
Para a estação de um lugar
Onde a paz deve estar

Esse caminho desconhecido
Que um dia vamos trilhar
Na parada infinita
Onde a vida à de continuar

São pensamentos que invadem
Minha cabeça sem cessar
Na forma de poesia
Que passo a decifrar

São contos são poemas
Que passo a contar
Um pouco da menina
Que a todos fez encantar

Seu nome era Cristina
A alegria do lugar
Que com muita dignidade
Com Deus foi morar