segunda-feira, 27 de setembro de 2010

O Delegado e o Dentista

Um dia bem comum
De um dente que doía
Era tanta agonia
que só o delegado sabia

Sua mulher em socorro
Correu para acudir
Vem minan vamos ao dentista
Pra esse dente extrair

Faz tempo que ele dói
E você não consegue dormir
Na mão de um dentista
Essa dor vai sumir

Mão de homem em minha boca
Eu não vou permitir
Acaba logo com essa história
Porque eu vou resistir

Seu filho em agonia
Correu pra socorrer
Painho deixa de besteira
que o dentista só vai mexer

Nesse dente que incomoda
noite e dia sem parar
Ele não pretende te alisar
E sim o dente arrancar

O sargente desconfiado
Se pois a pensar
Será que sou tão covarde
Pra o dentista evitar

Mais essa história
De mão no rosto
Comigo não vai ficar
Vai tirando a mãozinha pra eu não cortar

Meu veio não se afobe
Que a hora está marcada
Lá não vai demorar
Mais a dor vai acabar

Seus dentes ele vai revisar
e o seu sorriso abrilhantar
Um homem tão bravo
Não vai se acovardar

Tomado de incentivo
Ele pois a respirar
Encheu o peito de ar
E pois a a falar

Tá bem eu já vou
Pra esse dentista examinar
O meu dente que dói
E essa agonia encerrar

Que mal faz uma anestesia
Só uma dozinha sem falar
Aliviando meu sofre
Pra o sono retornar

Chegando então o dia
Do dentista enfrentar
O delegado tão valente
Na cadeira não quis ficar

A valentia era dele
Covarde não era não
Só não queria o alisado
Da barriga na sua mão

Mais o danado doía
Sem deixa-lo descansar
A vontade que ele tinha
Era com a faca arrancar

Um delegado tão bravio
Que a todos fez respeitar
Não seria uma dor de dente
Que iria amarelar

Entrado no consultório
Começou a explicar
Qual o dente que doía
Pra o dentista arrancar

O dentista examinando
pois logo a falar
Do estado de sua boca
E como devia escovar

O delegado foi inchando
Com a conversa do doutor
Sem falar do alisado
Da barriga sem parar

Puxei o braço para o lado
Pra barriga não tocar
A desgraçada era grande
Não dava pra evitar

Metendo o aparelho
Começou a catucar
Catuca daqui alisa dali
Comecei a me irritar

Pra desgraça do doutor
Um conselho veio me dar
Seu minan você me escute
O que eu vou lhe falar

Pra higiene ser completa
Um fio dental tem que usar
Passando o fio pelos dentes
Muita placa vai acabar

O delegado enlouquecido
Um salto teve que dar
Depois de empurrão
Pra o doutor se afastar

Me respeite
seu fila da mãe
Que esse fio
Não vou usa

Isso é coisa de boiola
Para a bunda amostrar
Você vai sentir a minha mão
Pra poder me respeitar

Foi tanta confusão
Que a esposa fez entrar
Acompanhada do filho
Para o minan segurar

Tenha calma meu pai
O que foi que aconteceu
Essa brabeza toda
Parece que enlouqueceu

Esse filho de uma égua
Um fio dental mandou usar
Vou mostrar a ele
Onde o fio vou enfiar

A pobre da mulher
Começou a falar
Minan meu marido
Preste atenção no que eu digo

Esse fio não é aquilo
Que você ver no jornal
É um fio medicinal
Pra higiene bucal

Você passa entre os dentes
Na limpeza até o final
Evitando inflamação
E o mal halito por sinal

Me desculpe seu doutor
Por essa confusão
Você deveria ter me dito
Pra evitar tal situação

Vamos embora
Minha veia
Que aqui
Não voltou não

A vergonha é tão grande
Que não cabo nem no chão
Foi um fio mal entendido
Que gerou essa confusão

Vou pra casa arrependido
De ter criado essa confusão
Pra providenciar o tal fio
Pra depois da escovação

E assim eu aprendi
Essa grande lição
Nunca mais vou esquecer
Dessa grande confusão.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Porque Dizer Que Ti Amo

Pois quando da minha partida
E pra o mundo dos espíritos eu voltar
Não terei o coração amargurado
Nem o espírito contrito
por não te-lo dito
Não levarei comigo a ingrata
Sensação de que não o dissera
E quando o meu coração se encher de amargura
E minha alma chorar de saudades
Terei ao menos o consolo
De ter por tantas vezes repetido...
E quando em teu intimo a saudade apertar
E de teus olhos uma lagrima jorrar
Saberás que te amo, pois por tantas vezes
Tu tinhas ouvido.
E o teu coração mais uma vez se acalmará
E tu poderais saber a importância da palavra repetida.
Porque dizer que ti amo...
porque para mim distante em um mundo longínquo.
Poderei também consolar-me com o teu sentimento de gratidão
E verei a tua retidão... e junto aos teus filhos
Poderais dizer... Te Amo...
E numa imensa manhã, quando o sol brilhar
Minha alma descansará
E em paz te esperarei,
Até um dia quando mais uma vez
Poderei dizer Te AMO...

Saudade Ardente

Ela queima
Ela arde
Ela grita
Ela chora de prazer
Ela corre
Ela para
Ela diz pra não viver
ela chama
Ela trai
Ela pede pra não sair
Ela marca
Ela sela
Ela galopa ao bel prazer
Ela foge
Ela não crer
Ela que mesmo é sofre
Ela feri
Ela agride
Ela diz que não que morrer
Ela é forte
Ela luta
Ela resiste em não ceder
Como dói
Como machuca
A saudade de você

Everaldo Silva

As Coisa Passando

O amor vem e vai e vem novamente
A gente cai levante-se e cai, mas sobrevive
Aquela menina já não é tão bonita
E ela selecionou tanto as coisas
Que se esqueceu de guardar algo pra si mesma
E as coisas continuam passando...
Esse instante se foi, o que virar já não estará mais aqui
E até esse momento de reflexão está passando
E aquele rapaz forte e viril , tornou-se um homem
E as coisas continuam passando...
E não nos damos conta que o futuro não espera
Que o presente não tem hora,
Que a vida não retarda o tempo
Que as coisas vão e não voltam,
que as palavras sai e vão em busca de um mundo distante,
Vibrando eternamente.
E as coisas continuam passando...
O nosso ar não é mais o mesmo
Os nossos rostos envelheceram
Já não posso chorar , pois já chorei
Já não posso cantar pois esqueci aquela melodia
Que um dia nos embalou
Já não posso lembrar de um passado,
Pois no exato momento que lembramos outro surgirá,
Mais presente, mais forte, mais sentido
E as coisas continuam passando...
É um rio que segue o seu trajeto
É um viajante que embala uma viagem sem retorno
É o destino que nos castiga com seu tempo,
E as coisas continuam passando...
Nós dormimos , acordamos e dormimos
nós fazemos tudo
Mas as coisas continuam passando...

Everaldo Silva