sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

O Pô do Sol



Vejo o sol a se esconder
No horizonte a observar
Aquele astro rei viajante
Em bola de fogo se transformar
É espantoso observar
Grandeza deste lugar
Como pode bola tão grande
Nas montanhas penetrar
Os meus olhos vislumbram
O meu coração se alegra
A alma pula de encanto
Pra obra prima da natureza
É hora da retirada
Do roçado descansar
Voltando pra casa o caboclo
Pra sua rede descansar
O delegado fecha a porta
Pois não há preso a entrar
Só o padeiro vendendo pão
Pra a família alimentar
As mulheres em seus serviços
Do café a torrar
Só mesmo com o fubá
Para a vida adoçar
Professora ascenda a luz
Pru mode eu enxergar
As letrinhas da cartilha
Pru mode eu me alfabetizar
Do terraço da minha casa
Aquela vista a saltar
Na beleza do horizonte
O sol a repousar
Me bate logo uma saudade
Da família abraçar
E da mulher cheirosinha
Um amasso vou lhe dar
Vou pra casa bem ligeiro
Que os pés há de lascar
Não tem sandália que aguente
Esse chão de rachar
Um espiada no horizonte
Um totinho eu vejo lá
É a beirada do sol
Que teima em se retirar
Mais uma vez aquela visão
Faz minha alma jubilar
Pensamentos vão em busca
De rimas pra terminar
Até um poeta se encanta
Com a paisagem a lhe mostrar
Um astro rei que se põe
Com uma noite a rastejar
A beleza do momento
A todos há de encantar
Principalmente a esse poeta
Sem rima a lhes contar
A história do pô do sol
Que se Poe sem parar
Se escondendo por traz dos montes
Pra a lua logo chegar