terça-feira, 2 de dezembro de 2014

O Sargento e o Cobrador

Na  praia de Caaporã
Lugar igual não existia
Sua beleza era tanta
Que todo cabra gemia

A praia era distante
Fronteira com Pernambuco
Sua gente era valente
Não temia nenhuma gente

Cidade da Paraíba
Com orgulho estendia
Sua flamula ao vento
Com um Nego histórico no ventre

Certo dia com muito orgulho
A cidade recebia
Um certo sargento afeiçoado
Que a lei guardaria

Simpático e sorridente
Extrovertido e atraente
O povo humilde do lugar
Dele ficou carente

Acontece que o sargento
Logo se mostrou
Além de musico era cantor
Poeta e trovado

Abraçou toda cidade
Como um Paladino protetor
A lei imperou
E a cidade se alegrou

Cabra serio como ele
Como poucos se contava
Não gostava de trapaça
De mentira e arruaça

Mais um dia o sargento
Para sua terra iria voltar
De pressa se arrumou
e a viajem empregou

Sentando em sua poltrona
Um cochilo começou
Sonhando com a amada
A viagem iniciou

Acordado ele foi
Pela cobrança do cobrador
pedido que pagasse
A passagem se senhor

Metendo a mão no bolso
Logo veio um calafrio
Onde está  o dinheiro
Pois o bolso esta vazio

Seu cobrador  me escute
Que o dinheiro não tem não senhor
No bolso de outra calça
Todo o dinheiro ficou

Sou homem honrado
Sou o militar
o sargento do lugar
Na praia de  Caaporã

Eita cabra mentiroso
Esse papo eu já conheço
É próprio de militar
Pra viajem economizar


Motorista a aqui tem
Um homem sem paga
Se dizendo militar
Só pra mim enganar.


O sargento endiabrado
Sua arma se fez usar
Enquadrou o cobrador
E o motorista fez voltar

Entrando na delegacia
A calça fez ele buscar
Esfregando em sua cara
A carteira que lá está


Pagando sua passagem
Para a viagem retornar
Orgulhoso de sua façanha
Em defesa dos militar

Homem honrado como ele
Da até orgulho de falar
Sua vida se fez pauta
Na disciplina militar

É mais uma historia A contar
Do sargento do lugar
De uma praia muito distante
Onde ele foi trabalhar

São rimas são poesias
Que eu conto com alegria
as aventuras de Minan
O sargento da alegria.

domingo, 16 de novembro de 2014

Uma Mulher

Uma mulher
Uma duvida
Uma caminhada
Uma solução

A chuva fina
De um fim de tarde
Deslizava sobre seu rosto
Triste sorriso melancólico

Um amor acabado
Uma relação estagnada
Em seu rosto, não só a chuva
Uma lagrima misturada

A falta da mão calorosa
De um abraço afetivo
De um corpo ausente
No seu corpo presente

Pensamentos explodem
Se misturam com trovoadas
Na nevoa do tempo distante
Na tempestade que alude agora

A cada pingo que toca  o teu rosto
Me traz lembranças de um  momento
De um mundo encantado
De um mundo agora acabado

Grita coração
Machuca, faz confusão
Esconde nas tuas batidas
A  frustrada corrida sem emoção

É triste mulher
Te ver em tamanha situação
As chaves do coração
Estão longes do alcance das tuas mãos

Quem sabe dos seus caminhos
Das razões em seu ninho
São cominhos tortuosos
Escondidos em redemoinhos

Hoje já distante
Olhando as nevoas da solidão
Sinto o passado vira presente
Tendo o controle da situação
  
O meu corpo a te aquecer
A minha mão a te tocar
São caricias deliciosas

Que para sempre contigo estar.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

QUANDO OS SINOS DOBRAM


 

 

QUANDO OS SINOS DOBRAM

 

    

 

A MORTE NÃO É O FIM, É O NASCIMENTO DE UMA VIDA ABSTRATA Á NOSSA, NÃO CABE A NÓS PENSAR, NÃO NOS CABE DETERMINAR QUE TAL SITUAÇÃO É CONTRARIA A NOSSA VONTADE. EU NÃO SEI SE ME CONSOLARIA EM IMAGINAR QUE LOGO ESTAREMOS JUNTOS. JUNTOS EM UM LUGAR EM UM PONTO QUALQUER DO INFINITO, AGRACIADO PELA BENÇÃO DE "DEUS". NÃO NOS CABE JUGAR O CERTO OU O ERRADO. NO CAMINHO FÚNEBRE DE NOSSA ÚLTIMA MORADA, REFLETIMOS MOMENTOS DE NOSSAS VIDAS QUE NÃO QUEREMOS ESQUECER.

               E É EXATAMENTE ESTE CAMINHO QUE NÓS FAZ MAS TERRENO.  NÃO SOMOS DAQUI!..., SOMOS VIAJANTES DO TEMPO, VIAJANDO POR UM UNIVERSO ETERNO. PARAMOS NO MUNDO PARA UM LIGEIRO APRENDIZADO E LOGO RETORMAMOS O NOSSO RUMO. SOMOS SIM UMA ÚNICA FAMÍLIA E SEMPRE SEREMOS, UNIDOS PELO AMOR DÍVINO. UMA FAMÍLIA DE IDENTIDADE ETERNA. LAÇOS NUNCA ROMPIDOS.

              NÃO NÓS CABE PEDIMOS A NOSSA REDENÇÃO, EU SÓ PEÇO A "DEUS” QUE NA AURORA DE MINHA MORTE OS SINOS DOBREM QUE O VENTO FRIO E ETERNO SOPRE SOBRE MEU CORPO INERTE. - NÃO TE QUERO CHORO!... NÃO TE QUERO MÁGOA, QUE MEU ÚLTIMO PENSAMENTO SEJÁ DE ALÍVIO. QUE MINHA  ALMA VOE LIVRE NO INFINITO, QUE CADA MOMENTO EM MINHA MENTE REPASSADO, TRAGA-ME DE VOLTA AS LEMBRAÇAS AGORA DE UM MUNDO DISTANTE. QUE A VOZ DA GENITORA ACALANTE-ME OS ANSEIOS, QUE SEUS BRAÇOS CARIOSOS ENVOLVA O MEU CORPO EM MEU LEITO MORTAL. QUE O VENTO FRIO QUE ACARICIAVA O MEU CORPO INERTE SEJÁ ACALENTADO PELO AFAGO AMIGO. QUE SOPRE OS VENTOS!... QUE DOBREM OS SINOS!... SÃO BADALADAS DE NATAL, SÃO O SINAL DO QUE AO MUNDO MARAVILHOSO NÃO VOLTAREI ASSIM... POIS A LÁPIDE FRIA E SOLITÁRIA GUARDA ALI UM CORPO SEM ALMA, DE UM ALGUÉM QUE NO FUTURO, SERÁ APENAS UM NOME. TALVÉS NEM ISSO, POIS O TEMPO CRUEL E IMPLACÁVEL É O QUE PASSA.

              GERAÇÕES VINDOURAS POVOARÃO MEU MUNDO QUERIDO; ALGUÉM QUE SE FOI ME FARÁ COMPANHIA. QUE MEU MUNDO NOVO SEJÁ ETERNO, COMO ETERNO SERÁ MINHAS LEMBRAÇAS. GUARDE O QUE FUI, QUE GUARDAREI O QUE FOSTE. QUE UM DIA QUANDO OS SINOS VOLTAREM A DOBRA E QUANDO O VENTO FRIO O TEU CORPO TOCAR, NÃO TE ASSUSTE, NÃO TE DESESPERE POIS ESTAREI  ALI NO FIM DA PONTE A TE ESPERAR. E TU CORRENDO VIRAR E COM SAUDADE OLHARÁS PARA TRÁS E ASSIM ENTEDERAR, QUE A AURORA CHEGOU E QUE JUNTOS VAMOS ESTAR PARA SEMPRE A ESPERAR QUE UM DIA OS SINOS VOLTEM A DOBRAR.

EVERALDO DA SILVA