Na praia de Caaporã
Lugar igual não existia
Sua beleza era tanta
Que todo cabra gemia
A praia era distante
Fronteira com Pernambuco
Sua gente era valente
Não temia nenhuma gente
Cidade da Paraíba
Com orgulho estendia
Sua flamula ao vento
Com um Nego histórico no ventre
Certo dia com muito orgulho
A cidade recebia
Um certo sargento afeiçoado
Que a lei guardaria
Simpático e sorridente
Extrovertido e atraente
O povo humilde do lugar
Dele ficou carente
Acontece que o sargento
Logo se mostrou
Além de musico era cantor
Poeta e trovado
Abraçou toda cidade
Como um Paladino protetor
A lei imperou
E a cidade se alegrou
Cabra serio como ele
Como poucos se contava
Não gostava de trapaça
De mentira e arruaça
Mais um dia o sargento
Para sua terra iria voltar
De pressa se arrumou
e a viajem empregou
Sentando em sua poltrona
Um cochilo começou
Sonhando com a amada
A viagem iniciou
Acordado ele foi
Pela cobrança do cobrador
pedido que pagasse
A passagem se senhor
Metendo a mão no bolso
Logo veio um calafrio
Onde está o dinheiro
Pois o bolso esta vazio
Seu cobrador me escute
Que o dinheiro não tem não senhor
No bolso de outra calça
Todo o dinheiro ficou
Sou homem honrado
Sou o militar
o sargento do lugar
Na praia de Caaporã
Eita cabra mentiroso
Esse papo eu já conheço
É próprio de militar
Pra viajem economizar
Motorista a aqui tem
Um homem sem paga
Se dizendo militar
Só pra mim enganar.
O sargento endiabrado
Sua arma se fez usar
Enquadrou o cobrador
E o motorista fez voltar
Entrando na delegacia
A calça fez ele buscar
Esfregando em sua cara
A carteira que lá está
Pagando sua passagem
Para a viagem retornar
Orgulhoso de sua façanha
Em defesa dos militar
Homem honrado como ele
Da até orgulho de falar
Sua vida se fez pauta
Na disciplina militar
É mais uma historia A contar
Do sargento do lugar
De uma praia muito distante
Onde ele foi trabalhar
São rimas são poesias
Que eu conto com alegria
as aventuras de Minan
O sargento da alegria.
terça-feira, 2 de dezembro de 2014
domingo, 16 de novembro de 2014
Uma Mulher
Uma mulher
Uma duvida
Uma caminhada
Uma solução
A chuva fina
De um fim de tarde
Deslizava sobre seu rosto
Triste sorriso melancólico
Um amor acabado
Uma relação estagnada
Em seu rosto, não só a chuva
Uma lagrima misturada
A falta da mão calorosa
De um abraço afetivo
De um corpo ausente
No seu corpo presente
Pensamentos explodem
Se misturam com trovoadas
Na nevoa do tempo distante
Na tempestade que alude agora
A cada pingo que toca o teu rosto
Me traz lembranças de um
momento
De um mundo encantado
De um mundo agora acabado
Grita coração
Machuca, faz confusão
Esconde nas tuas batidas
A frustrada
corrida sem emoção
É triste mulher
Te ver em tamanha situação
As chaves do coração
Estão longes do alcance das tuas mãos
Quem sabe dos seus caminhos
Das razões em seu ninho
São cominhos tortuosos
Escondidos em redemoinhos
Hoje já distante
Olhando as nevoas da solidão
Sinto o passado vira presente
Tendo o controle da situação
O meu corpo a te aquecer
A minha mão a te tocar
São caricias deliciosas
Que para sempre contigo estar.
terça-feira, 21 de janeiro de 2014
QUANDO OS SINOS DOBRAM
QUANDO OS SINOS DOBRAM
A MORTE
NÃO É O FIM, É O NASCIMENTO DE UMA VIDA ABSTRATA Á NOSSA, NÃO CABE A NÓS PENSAR,
NÃO NOS CABE DETERMINAR QUE TAL SITUAÇÃO É CONTRARIA A NOSSA VONTADE. EU NÃO
SEI SE ME CONSOLARIA EM IMAGINAR QUE LOGO ESTAREMOS JUNTOS. JUNTOS EM UM LUGAR
EM UM PONTO QUALQUER DO INFINITO, AGRACIADO PELA BENÇÃO DE "DEUS".
NÃO NOS CABE JUGAR O CERTO OU O ERRADO. NO CAMINHO FÚNEBRE DE NOSSA ÚLTIMA
MORADA, REFLETIMOS MOMENTOS DE NOSSAS VIDAS QUE NÃO QUEREMOS ESQUECER.
E É EXATAMENTE ESTE CAMINHO QUE
NÓS FAZ MAS TERRENO. NÃO SOMOS
DAQUI!..., SOMOS VIAJANTES DO TEMPO, VIAJANDO POR UM UNIVERSO ETERNO. PARAMOS
NO MUNDO PARA UM LIGEIRO APRENDIZADO E LOGO RETORMAMOS O NOSSO RUMO. SOMOS SIM
UMA ÚNICA FAMÍLIA E SEMPRE SEREMOS, UNIDOS PELO AMOR DÍVINO. UMA FAMÍLIA DE
IDENTIDADE ETERNA. LAÇOS NUNCA ROMPIDOS.
NÃO NÓS CABE PEDIMOS A NOSSA
REDENÇÃO, EU SÓ PEÇO A "DEUS” QUE NA AURORA DE MINHA MORTE OS SINOS DOBREM
QUE O VENTO FRIO E ETERNO SOPRE SOBRE MEU CORPO INERTE. - NÃO TE QUERO
CHORO!... NÃO TE QUERO MÁGOA, QUE MEU ÚLTIMO PENSAMENTO SEJÁ DE ALÍVIO. QUE
MINHA ALMA VOE LIVRE NO INFINITO, QUE
CADA MOMENTO EM MINHA MENTE REPASSADO, TRAGA-ME DE VOLTA AS LEMBRAÇAS AGORA DE
UM MUNDO DISTANTE. QUE A VOZ DA GENITORA ACALANTE-ME OS ANSEIOS, QUE SEUS
BRAÇOS CARIOSOS ENVOLVA O MEU CORPO EM MEU LEITO MORTAL. QUE O VENTO FRIO QUE
ACARICIAVA O MEU CORPO INERTE SEJÁ ACALENTADO PELO AFAGO AMIGO. QUE SOPRE OS
VENTOS!... QUE DOBREM OS SINOS!... SÃO BADALADAS DE NATAL, SÃO O SINAL DO QUE
AO MUNDO MARAVILHOSO NÃO VOLTAREI ASSIM... POIS A LÁPIDE FRIA E SOLITÁRIA
GUARDA ALI UM CORPO SEM ALMA, DE UM ALGUÉM QUE NO FUTURO, SERÁ APENAS UM NOME.
TALVÉS NEM ISSO, POIS O TEMPO CRUEL E IMPLACÁVEL É O QUE PASSA.
GERAÇÕES VINDOURAS POVOARÃO MEU
MUNDO QUERIDO; ALGUÉM QUE SE FOI ME FARÁ COMPANHIA. QUE MEU MUNDO NOVO SEJÁ
ETERNO, COMO ETERNO SERÁ MINHAS LEMBRAÇAS. GUARDE O QUE FUI, QUE GUARDAREI O
QUE FOSTE. QUE UM DIA QUANDO OS SINOS VOLTAREM A DOBRA E QUANDO O VENTO FRIO O
TEU CORPO TOCAR, NÃO TE ASSUSTE, NÃO TE DESESPERE POIS ESTAREI ALI NO FIM DA PONTE A TE ESPERAR. E TU
CORRENDO VIRAR E COM SAUDADE OLHARÁS PARA TRÁS E ASSIM ENTEDERAR, QUE A AURORA
CHEGOU E QUE JUNTOS VAMOS ESTAR PARA SEMPRE A ESPERAR QUE UM DIA OS SINOS
VOLTEM A DOBRAR.
EVERALDO DA SILVA
Assinar:
Postagens (Atom)