quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Amor Platônico

Amor Platônico

Naquele sorriso

Uma alegria

No teu tocar

Um amor que crescia

Um belo sorriso

Que me alcança

Descendo a ladeira

Menina faceira


Na feirinha de Olinda

Um encontro um conto

Uma história de amor

Que o tempo não apagou


Durou três meses

Em um ano

Durou um ano em três anos

Para mim durou trinta anos


Descendo a ladeira

Vi teu semblante

No teu rebolado

Vi minha fonte


Bebe dessa águia

Me faz eletrizante

Apreciar tuas curvas

Me faz extasiante


O êxtase da canção

Apreciada ao portão

No murro da sua casa

Ouvindo essa canção


Eu nem sonhava

Te amar desse jeito

Hoje nasceu um novo ser

No meu peito


Relembrar nosso namoro

Põe fogo em meu coração

Pois foi um amor verdadeiro

Que senti no meu coração


A noite era tão bela

Com teu sorriso a me fitar

Se teus lábios me tocavam

Eu te beijava sem cessar


Nunca vi beijo tão doce

Nem gostoso de si dar

Beijo igual a este

Um dia ainda ei de dar


Trinta anos se passaram

Do ultimo beijo a lhe dar

Ainda restou os quilômetros

Da distância do lugar


Quis a vida

O destino nos separar

Aproveitando a infantilidade

De um menino sem pensar


Tantas coisas se passaram

Daquele dia pra cá

Só me restou a saudade

Da Bela menina a beijar


Pra Europa viajou

Sem ao menos avisar

Foi casar com um Alemão

Em terra distante do seu lar


Segui minha vida

Sem outro jeito a dar

Com o tempo aquele amor

Com a poeira foi morar


Trinta anos é muito tempo

Pra um amor não acabar

Nos corações de dois jovens

Que a vida quis abraçar


Novo amor encontrei

Com quem fui casar

Se este amor não foi o certo

É que a outro amor não pude dar


A pergunta que me faço

Eu não ouso responder

Por que tudo acabou

Eu nem mesmo sei o que dizer


Se você não me amou

Eu não posso responder

Com certeza te respondo

Da vontade que tinha de te ver


Se isso não fosse amor

O que mais podia ser

Te procurei por trinta anos

Sem nem ao menos saber


Os caminhos que te levaram

E a distância a percorrer

As informações eram vazias

E eu sofria sem saber


Quando menos esperava

Com a esperança acabada

Do toque do celular

A tua voz a me falar


Fora tanta emoção

Que não cabe aqui falar

Somente na alegria

É que eu posso explicar


Da emoção de te tocar

E teu perfume respirar

Desse abraço fraterno

Que só os amigos é que dar


Se eu não pude ser teu

E tu não pudeste ser minha

Que pelo menos a amizade

Seja a nossa companhia


É a vida de minha vida

É meu passo que contagia

A todos que ouviam

Essa história com alegria


São momentos de alegria

De um amor que resplandecia

Que com muita nostalgia

Em transformo em poesia.

Everaldo Silva

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