sexta-feira, 9 de julho de 2010

Vida embananada

Lá nas bandas de Olinda
Pelo Alto da Conquista
Nascia uma menina
Que o seu charme encantaria

Menina bela e graciosa
A sua vida seguiria
Como qualquer menina
Seus sonhos a guiaria

Logo cedo descobriu
Que a família era sagrada
Que à abolinação do seu primo
Pra sempre seria guardada

E assim foi crescendo
Vivendo e correndo
Sorrindo e sonhando
Que alegria o amanhã seria

De repente a paixão
Tomou seu coração
E pelo seu professor
Logo se apaixonou

É o sonho de uma adolecente
Uma paixão vivente
A figura magistral
De um professor atraente

Deste fogo ardente
Logo no nascente
Fez-se labareda em chama
E dessa chama surgiu a esperança

Uma bela criança
No seu braço a acalentar
Seu sorriso materno
Os sonhos dela fez embalar

Mas a vida reservará
Muitas surpresas pelo ar
No dislaço matrimonial
Pra casa da mãe ia voltar

E no choque da solidão
Conheceu um cidadão
Sugeito alto e bonito
Todo cheirando a atenção

Logo chamou sua atenção
Não demorou pra se apaixonar
Foi só um tustão
Bastou um beijo e tudo era paixão

Não bastava separação
Já havia se metido
Em outra confusão
Pois o cheiroso era casado, eita confusão!

Menina religiosa
Sua cabeça fez pesar
Pois um laço de união
Já mais quis acabar

Tamanha era a dor
Que logo pois a chorar
Que pena minha menina
Que sua vida quis embananar

São suaves pensamentos
Que agora vem a arejar
Sua mente confusa
Uma visão enchergar

Se não posso ser sua
Outro vou arranjar
Para ser pai de minha filha
E o meu fogo acalmar

Pois queimo de paixão
Só em pensar
Uma mão acariciando
O meu corpo a queimar

Meu coração está aberto
Pra um novo amor entrar
Novos tempos se vislumbrão
E eu quero aproveitar

Everaldo da Silva

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